Prosa na Janela: “Inteligência Humana versus Inteligência Artificial”, por Roberto dos Santos 673t4m

Leia mais uma contribuição inédita de Roberto dos Santos para o JVA. 5r6u5t

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Por Roberto dos Santos Publicado em 27/05/2025, 15:54 - Atualizado em 27/05/2025, 15:54
A escrita de Roberto dos Santos, colunista cativo do JVA, transita entre a prosa, o conto e a crônica. Crédito — Arquivo pessoal. Siga no Google News

Numa conversa informal com amigos, fui indagado se utilizo da inteligência artificial (IA) para escrever meus textos. Não sei se concordaram com o que eu disse, mas partilhei fielmente meu pensamento acerca do assunto. 1w2e42

Para mim a inteligência artificial não pode produzir humanos artificiais, contudo sua utilização de forma racional, sem exageros, tem tudo para ser benéfica à humanidade, e expliquei a razão de pensar assim.

Acho pouco o ser humano se restringir a inserir dados numa máquina e deixar que ela pense por ele. As pessoas precisam pensar ao construir alguma coisa, pensar envolve bem-estar, estímulo da criatividade, autoconhecimento, formação de ideias, e sem dúvida contribui na interpretação do mundo a sua volta. Todos esses benefícios e outros tantos não enumerados nessa escrita, contribuem significativamente no desenvolvimento pessoal e profissional de cada um.

É comum anúncios nas redes sociais envolvendo a Inteligência Artificial com o propósito de oferecer soluções que exijam o menor esforço possível, gerando às vezes uma falsa sensação de realização.

Destaco duas ofertas via internet no campo da Inteligência Artificial:

A primeira é direcionada aos professores com ofertas de planos de aulas instantâneos. Pedem apenas para inserir o assunto e a Inteligência Artificial se encarregará de preparar tudo para o professor.

O segundo ponto é referente ao TCC – Trabalho de Conclusão de Curso – que é oferecido na integra para o aluno. A inteligência Artificial se apresenta como solução para escrita e organização do trabalho, bastando ao aluno inserir informações e diretrizes.

Em ambos os casos e falando especificamente da educação, não vejo vantagem em construir os trabalhos nesses moldes, não vejo traços de investigações e interações que as pesquisas oportunizam.

O notável educador Paulo Freire no seu livro “Pedagogia da autonomia” (FREIRE, 2020, p.25), diz:

“Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”, ou seja, o professor não é apenas um transmissor de conhecimento, mas também um aprendiz, e que o aluno, ao aprender, também contribui para o conhecimento do professor, essas construções devem ocorrer num ambiente reflexivo propenso a grandes emoções, aonde a IA não consegue penetrar.

Quanto a construção do TCC pelo estudante, vale lembrar que se trata de uma pesquisa e que o intuito não é simplesmente escrevê-lo e obter nota.  Pelo TCC o estudante demonstra seu conhecimento e a capacidade aplicá-lo, o que atestará o cumprimento do seu objetivo. Utilizar a Inteligência Artificial para construção do TCC poderá ter como efeito colateral um déficit no campo das interações, contudo a Inteligência Artificial deixa de ser vilã quando é usada como fator agregador, ou seja, o usuário submete a ela suas produções assumindo ante a vida seu protagonismo. O ser humano é a obra-prima da criação e nunca deve perder essa condição.

A inteligência artificial pode sim assumir o papel de potencializadora das capacidades humanas, a combinação de IA e inteligência humana pode levar a soluções mais eficazes e transformadoras, esse deve ser o pensamento. Alguns cuidados precisam serem tomados para que a Inteligência Artificial não produza humanos artificiais e ausentes de sentimentos, o que implicaria numa humanidade fria e doente.

Inteligência Artificial e inteligência humana são dois lados complexos de uma mesma moeda e carecem de uma profunda reflexão.  

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