Mulher terá que pagar R$ 10 mil por ofensa racial 692o4p

Segurança foi ofendido por cobrar taxa de uso de banheiro em restaurante 6an55

Home » Mulher terá que pagar R$ 10 mil por ofensa racial
Por Assessoria de Comunicação Institucional - Ascom Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJMG Publicado em 06/07/2020, 21:23 - Atualizado em 06/07/2020, 21:23
Foto ilustrativa Siga no Google News

Uso de banheiro em restaurante foi cobrado por segurança, chamado de "macaco e urubu" por frequentadora 556n

Uma mulher que cometeu o crime de injúria racial contra o segurança de um restaurante em Belo Horizonte, na região Centro-Sul, terá que lhe pagar R$ 10 mil, por danos morais. A decisão é da 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

O acórdão confirma o entendimento proferido pela 25ª Vara Cível, que determinou o pagamento da indenização, além de multa por dia de atraso no pagamento.

Injúria racial

No recurso enviado ao TJMG, a acusada disse que os argumentos apresentados pelo segurança eram frágeis e que a testemunha indicada por ele não sabia ao certo quais teriam sido os termos usados na ofensa. Ela alegou que, ao ser instada pelo segurança, disse apenas que ele parecia um "chato de galocha" e que "somente porque veste roupa preta acha que é o tal".

No entanto, a testemunha do ofendido confirmou que a frequentadora o chamou de "urubu, negro, safado e macaco".

De acordo com o relato do profissional, ele fazia a vigilância de um restaurante no Bairro Funcionários, próximo a uma tradicional feira que ocorria aos sábados, em frente ao Colégio Arnaldo. E que era comum frequentadores da exposição irem ao banheiro. Diante disso, a istração do restaurante decidiu cobrar uma taxa de R$ 0,50.

Conta o segurança que a frequentadora entrou na casa, foi ao banheiro, não consumiu nada e, ao sair, foi informada por ele da taxa. Revoltada, jogou o dinheiro no balcão, proferindo impropérios que, segundo a ação de danos morais inicial, configuram injúria racial. Várias pessoas, de acordo com o trabalhador, presenciaram o fato.

Palavras racistas

Conforme o relator, desembargador Otavio Portes, não restaram dúvidas de que a mulher ofendeu o homem com palavras racistas, e as testemunhas disseram ter certeza dos termos usados pela mulher. "Portanto, diferentemente do alegado pela parte autora, inexistem elementos capazes de retirar a credibilidade do depoimento utilizado como lastro para a condenação."

O magistrado acrescentou que o segurança "foi ofendido por questões afetas às suas características físicas, somente por desempenhar a função para a qual foi contratado".

Os desembargadores José Marcos Rodrigues Vieira e Pedro Aleixo seguiram o voto do relator.

Leia o acórdão e acompanhe a movimentação processual .

Deixar Um Comentário Cancelar resposta 3b5v5n

Matérias relacionadas 5q3kl

Seca em Minas Gerais: 95 cidades obtêm o reconhecimento federal de situação de emergência 3bz64
14/06/2024 às 18:10
morre-ze-rezende-catas-altas-noruega
Morre Zé Rezende – Luto em Catas Altas da Noruega 6b3k50
30/04/2024 às 11:10
Reunião para discutir ações de reassentamento em Bento Rodrigues a5s66
03/11/2023 às 14:22
jornal-voz-ativa-ouro-preto-mg
Justiça determina confisco de R$ 80 milhões em bens de empresários autuados por sonegação 2a3h5o
10/02/2023 às 14:59
chuva-ceu-escuro-nublado-ouro-preto-mg
Minas segue em alerta por conta do período chuvoso 4t6c3b
07/02/2023 às 14:04
Especialização gratuita em Ensino e Tecnologias Educacionais no IFMG 6a6k5n
05/01/2023 às 10:08